10/04 - A cena montada na semana anterior foi repassada e ajustada
17/04 - Fizemos alguns exercícios de consciência corporal e junto com os exercícios foram inseridos trechos de poemas de Cora Coralina. A turma foi dividida em grupos para criarem cenas com base nestes trechos:
Meus brinquedos…
Coquilhos de palmeira.
Bonecas de pano.
Caquinhos de louça.
Cavalinhos de forquilha.
Viagens infindáveis…
Meu mundo imaginário
mesclado à realidade.
A rua. A ponte. Gente que
passava,
o rio mesmo, correndo debaixo
da janela,
eu via por um vidro quebrado,
da vidraça
empanada.
E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu
seio
tranqüilo dormirás.
Homens sem pressa,
talvez cansados,
descem com leva
madeirões pesados,
lavrados por escravos
em rudes simetrias,
do tempo das acutas.
Inclemência.
Caem pedaços na calçada.
Passantes cautelosos
desviam-se com prudência.
Que importa a eles o sobrado?
Quando eu era menina
bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana
se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em
cima.
Criança, no meu tempo de
criança,
não valia mesmo nada.
A gente grande da casa
usava e abusava
de pretensos direitos
de educação.
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Mesmo quando tudo parece
desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou
lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o
decidir
Cora Coralina, uma das maiores poetisas brasileiras que viveu na Cidade de Goiás.
Os meninos e meninas registraram suas experiências pessoais sobre o encontro de hoje:
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