segunda-feira, 9 de março de 2015

Sobre o Fanzine

A Saudade de José: uma experiência de história e narrativa sequencial ilustrada. – Cristina Helou Gomide/Gazy Andraus

Pesquisadora e educadora, Gomide, em parceria com Andraus que também defende um ensino criativo e menos estritamente tecnicista, percebendo a necessidade de divulgar as idéias sobre como transformar o conhecimento produzido na academia em processo construtivo do saber, expõem um texto aliado à imagética abordando a história da transferência da capital da Cidade de Goiás para Goiânia no início da década de 1930, período da “Revolução de 1930 no Brasil”.  Este projeto é fruto de pesquisas realizadas no mestrado em história de Gomide, idealizadora do projeto, na UFG, e volta-se à divulgação de uma experiência com ação conjunta entre ela e um autor de quadrinhos. Ambos entendem que o processo de construção do saber se dá de diversas formas, e uma delas, a da narrativa imagética seqüencial, reforça a atenção criativa do hemisfério cerebral direito dos que entram em contato com desenhos, sendo tal texto não só abordador da história como transmissor de emoção e reflexão através das imagens da personagem José, que delibera e partilha ao leitor suas memórias do período em que se viu obrigado a mudar com seus pais quando da transferência da Capital de Goiás. A arte e desenhos de algumas páginas se assemelham às de histórias em quadrinhos cujo potencial imagético é perfeito para a união da narrativa textual histórico-fictícia. Este conto, oriundo das reflexões elaboradas durante o período de1997 a2001, no processo de pesquisas realizadas por Gomide, trata de investigar os sentimentos das pessoas que ficaram na antiga capital após a transferência da mesma para outro espaço. Justamente, em função de tais inquietações como educadora, a autora convidou o pesquisador e autor Andraus a ilustrar tal conto semelhante a um livro ou álbum ilustrado sequencialmente. Como educadores e produtores de história, bem como amantes dos quadrinhos, resolvemos assim produzir algo que pudesse aguçar a imaginação de leitores diversos, não nos preocupando somente com o meio acadêmico, já repleto de conhecimento científico, acreditando que a produção do conhecimento deve atingir todas as camadas da sociedade, inclusive pessoas ditas não intelectuais ou não escolarizadas. Por fim, o texto imagético ainda carece de publicação, o que nos motiva a divulgá-lo academicamente e a que incentive pesquisadores, alunos e editoras a ampliarem seu leque no que tange à ficção documental.

Fonte:
https://iforumnacionalartesequencial.wordpress.com/resumos/comunicacoes/

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